terça-feira, 28 de setembro de 2010

Será que o sucesso deixa pistas?

Uma das questões que sempre me coloquei em relação ao sucesso foi se, de facto, deixava pistas.

É noção comum no mundo dos negócios que "não se deve inventar a roda".

Mas será que essa máxima é também aplicada ao sucesso?

No meu entender, não!
Acho que a maioria das pessoas não entende porque é que muitos à sua volta têm sucesso e elas não.

Muitas das pessoas que abordam este tema têm tendência a dizer que "é inato".
Poderão existir algumas características que nascem com os líderes, mas a maioria é aprendida na dura realidade do dia-a-dia.
Ora, se foi aprendida por uns, poderá ser aprendida por todos.
Este chamado "não inventar a roda" Quando bem utilizada, é das técnicas de aprendizagem mais eficazes que conheço. E, é uma técnica realmente muito simples.
Ora vamos ver…
Todos os seres humanos funcionam com base em estratégias de sucesso e estratégias de insucesso.
Cada vez que realizamos algo e funciona, o nosso cérebro reforça internamente esse sucesso e começa a criar um padrão de estratégia.
O que acontece em termos cerebrais (de um modo muito simplificado, é claro) é que, na primeira vez que realizamos algo, estabelecem-se determinadas ligações neuronais.
Na segunda vez que realizamos a mesma tarefa ou operação, essa ligação neuronal reforça-se. Na terceira vez, volta a reforçar-se, e assim por diante.
Passadas, em média, 3 semanas ou 21 dias, o nosso cérebro, que é, de facto, uma máquina bastante inteligente, começa a pensar:
"Bem, se estás a fazer isto tantas vezes, então é melhor que isto seja feito de forma automática, sem que sequer tenhas de pensar nisso".
Nesta situação, aquela ligação neuronal passa directamente para a zona do hipotálamo e, a partir daí, não temos de pensar para fazer essa tarefa.
Pense nisto: quando conduz, pára para pensar no que está a fazer?
Claro que não, essa acção já está no domínio do automático.
Ora bem, mas o que é que isto tem a ver com aprendizagem?
O problema de aprendermos uma estratégia de alguém de sucesso prende-se, precisamente, com isto.
Muitas vezes essa pessoa já nem pensa quando faz.
Mas se o queremos modelar, como é que o podemos fazer?
Se não tivermos confiança para lhe perguntar, a única alternativa é estar com os olhos bem atentos e observar com atenção tudo o que faz e, acima de tudo, como o faz.
Se tivermos confiança para isso, podemos conversar com a pessoa e "esmiuçar" a forma de actuação.
Ajuda colocar várias questões, tais como:
- Como é que, no seu entender, faz isso e resulta?

- O que é que acha que funciona mais?

- Em que circunstância é que funciona ou não funciona?

- Como é que aborda esse problema?

- Que recursos é que utiliza?

- Das primeiras vezes que o fez, o que é que acha que fez a diferença?

Estas são apenas algumas das questões que podemos utilizar para nos colocarmos no bom caminho.
Depois, é ter coragem para sair da nossa zona de conforto e experimentar.
Algumas das vezes vamos conseguir, outras não.
Se conseguirmos, ficamos com mais uma ferramenta que nos vai ajudar a seguir em frente em direcção ao sucesso, muito mais bem preparados.
Esta semana, pare um pouco para pensar: quem é que eu posso ter como modelo na minha área de actividade, que tenha sucesso? Colegas, concorrentes, líderes, casos de sucesso à nossa volta!

Acredito que o sucesso deixa pistas, para quem as queira ver!

É possível aprender com as pessoas que têm sucesso à nossa volta
Tenha uma boa semana, e mantenha os olhos bem abertos, lembre-se que a aprendizagem, está mesmo aí ao lado.

Um abraço de luz
Paula César

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