terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O QUE É A CURA?





Havendo concordância entre a vontade profunda de um indivíduo e a vontade superficial do seu eu consciente, a cura pode operar-se.
Ao harmonizar a personalidade com a própria VIDA, que é a sua essência interior, a cura é processada, e seus efeitos tornam-se visíveis nos planos físico-etérico, emocional e mental - seja instantaneamente, seja a médio ou a longo prazos.
Portanto, não se pode dizer de maneira precisa que um indivíduo cure outro, mas sim que cada qual cura a si próprio na medida em que faz essa união em si mesmo.
Aquele que chamamos de curador é apenas um intermediário para que certa energia incida sobre aquele que será curado, ajudando-o a tomar a decisão de integrar-se. Esse é, na verdade, o aspecto da cura que mais diz respeito ao tema deste livro.
A vida, quando não inclui a busca dessa união entre a nossa vontade consciente e a nossa vontade profunda, leva na­turalmente à decrepitude e às doenças.
Por isso, qualquer processo terapêutico, para agir de fato, deveria incluir o trabalho fundamental de o "paciente" procurar VER em que pontos sua vontade pessoal precisa harmonizar-se com a vontade dos níveis supramentais do seu ser.
Se essa união não é buscada, o eu superior, logo após a metade do tempo reservado à encarnação, vai se retirando dos níveis externos da vida, para concentrar-se, preferencialmente, nas suas realidades internas.
Quando tal processo está em ato, caso ela não tenha condições de rever suas próprias atitudes e reações sob essa luz, podemos apenas ajudá-la a manter-se em paz e em contato com os valores morais, afetivos e inte­lectuais que tenha conseguido desenvolver até então.
Sobre a verdadeira cura não se tem explicacão: não se sabe como vem. Se a racionalizamos, é porque não esta­mos totalmente livres dos obstáculos á sua manifestação, e ainda há o que remover e o que transformar em nós mesmos.
Como a energia que a promove vem de níveis além de toda e qualquer possibilidade de análise, explica­ções a seu respeito apenas deturpam a verdadeira essência de seu movimento.
Por isso diz-se que sem Fé não pode haver cura.
A Fé é a percepção profunda de que somos VIVOS e de que, portanto, nada realmente nos pode abalar em nossa integridade.
A Fé permeia o eu consciente quando a mente humana, depois de pensar nela, se aquieta.
O exercício que podemos fazer para contata-la é manter- mo-nos tranqüilos, na mais calma vigilância

Adaptado do livro "Caminhos para a Cura Interior" de Trigueirinho, Editora Pensamento - págs. 27 a 28.

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