quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Será que se pode ser inconscientemente competente?

No processo de aprendizagem e evolução existem quatro estados de aprendizagem: - Inconsciente incompetente: quando ainda não sabemos que não sabemos fazer
- Consciente incompetente: quando já sabemos que não sabemos fazer
- Consciente competente: quando finalmente já dominamos aquilo que queremos fazer
- Inconsciente competente: quando já dominamos a tarefa, mas já nem pensamos quando a realizamos
Ou seja, no processo de aprendizagem chegamos a um ponto em que por uma questão de poupança de energia cerebral consciente o nosso cérebro faz com que o processo passe a ser automático e deixamos de nos preocupar ou pensar conscientemente no processo de execução.
Por exemplo, no início, quando estava a aprender a conduzir, pensava em todos os passos que analisava.
Por exemplo: primeira, segunda, “crrrrrrrrrrrrrrrrrrr”…
Hoje em dia, se tudo tiver corrido bem, provavelmente já nem se recorda do acto de conduzir. Com tudo na vida passa-se o mesmo, até mesmo com o acto de vender.
Ou seja, no início pensávamos em tudo o que fazíamos para vender, analisávamos cada passo, mas hoje em dia... já nem pensamos, dado tudo estar, na maior parte dos casos, em piloto automático.
Provavelmente estará a pensar:
“Mas isso não é bom? Não denota um estágio de desenvolvimento bastante avançado?”
Na maior parte dos casos, sim. De facto, é isto que se pretende. Que se tenha um grau de mestria que lhe permita dominar a tarefa ao ponto de não ter de pensar no que está a fazer.
Mas pense comigo. Imagine que passaram dez anos desde que começou a vender. Muito do que antes funcionava em termos da venda terá hoje em dia, muito provavelmente, menos hipóteses de funcionar.
Seja por todos estarem a fazer o mesmo, seja por causa da evolução da sociedade, muitas vezes costumamos até dizer:
“Aquilo que nos trouxe até aqui não nos vai levar ao próximo patamar do nosso desenvolvimento.”
Outro dos factores em que o estado de “inconsciente competente” pode trazer problemas é na passagem de conhecimento para os elementos mais novos da nossa vida.
Se já não pensamos em como fazemos algo, como é que vamos poder passar este conhecimento a alguém ?
Se na maioria dos casos este conhecimento fica perdido, mesmo até para os próprios donos.
Em poucas palavras, instituindo momentos de partilha e de exaltação das diferentes práticas  que cada uma das pessoas utiliza nas diferentes fases da vida .
Esta semana pare um pouco para partilhar o seu conhecimento.
Um abraço de Luz
Paula Cesar

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